Há 95
anos, o dia 21 de Abril de 1923 tinha tudo para ser mais um sábado comum em
Tietê, mas a notícia de um crime extremamente cruel começava a circular pela
cidade. A história era a de que na noite anterior, um homem tinha assassinado uma mulher e seus
seis filhos. De primeira, ninguém acreditou.
A
confirmação oficial veio do delegado na época, Dr. Venâncio Ayres, que junto
com sua equipe, esteve no sitio de Ricardo Falcin localizado no bairro Água da
Pedra, e se deparou com uma cena verdadeiramente assustadora de um crime sem
precedentes na história tieteense ocorrido na véspera – 7 corpos que jaziam
pela casa. Alguns com os crânios partidos e todos com os pescoços rasgados.
Maria Tonon Falcin, 35 anos teria sido a primeira a morrer; em seus braços
segurava o corpo de seu filho mais novo Victório, de apenas 1 ano. Espalhados
pelo local ainda estavam: Alva, de 13 anos, Joanna de 11, Orlando de 9, Anezia
de 7 e Esther de 4 anos.
Acima
de uma mesa, próximo aos corpos, havia uma carta assinada por Augusto Arruda
(vulgo Mineiro), confessando a autoria do crime e revelando que o mesmo era apaixonado
por Maria e que iria colocar fim a própria vida. O assassino vivia em um quarto
da casa junto com um dos filhos do casal Falcin, e ao fim da noite de
21/04/1923, foi localizado e preso pela polícia, não apresentando nenhuma
resistência. Ainda portava consigo uma navalha suja de sangue, usada na
chacina.
Se no
começo da noite ninguém acreditava que tal crime horrendo poderia ser realmente
verdade, ao fim dela, por volta das 23:30 o clima na cidade já era de revolta e
indignação. Escoltado pela polícia, Mineiro seguiu até a delegacia aos gritos e
ameaças de linchamento. Já no distrito policial, ele confessou mais uma vez o
crime, sem demonstrar um pingo de arrependimento. Contou que embora fosse
apaixonado por Maria, uma mulher casada, a mesma nunca lhe deu atenção, e que
essa negação teria sido o motivo pelo qual o fez cometer tal barbaridade. O Marido
de Maria e pai das seis crianças, Ricardo Falcin estava em São Paulo passando
por um tratamento na vista quando o crime ocorreu.
Hoje,
95 anos depois, a chacina que ficou conhecida como “As 7 Mortes”, ainda segue
sendo o crime mais cruel que Tietê já viu. O tumulo da família localizado no
cemitério municipal, segue sendo frequentemente visitado e ponto de homenagens
em memória daqueles que tiveram suas vidas interrompidas tão cedo e de forma
tão brutal. O crime segue registrado nos arquivos da polícia de São Paulo como
um dos mais cruéis do estado.
Há
relatos, embora sem confirmação, de graças recebidas pelas orações oferecidas
as vítimas deste crime. A sepultura fica na viela principal do cemitério,
próximo ao cruzeiro. As antigas fotos dos corpos encontram-se perdidas.
Texto por: Lucas Gabriel | Revisão: Marcio
Saccon | Tietê, 20 de Abril de 2018
Vocês tem alguma foto da família viva?
ResponderExcluirInfelizmente não temos em nossos arquivos, mas caso queira dar uma olhada mesmo assim, ele está disponível ao publico na biblioteca municipal!
ExcluirEncontramos algo. Postaremos assim que possível.
ExcluirO que vocês encontraram ? Por gentileza, postem para que possamos acompanhar.. Parabéns pelo excelente trabalho da Secretaria de Turismo e Cultura de Tietê mantendo a cultura da cidade.
ExcluirO local do crime ocorreu no bairro chamado atualmente de sete fogões?
ResponderExcluirhistoria horrível.o viúvo foi injustiçado!
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